O tratamento de patologias ortopédicas, quando realizado de forma específica e isolada, não apresenta bons resultados e na maior parte das vezes termina com indicações cirúrgicas, em algumas vezes, não necessárias.
Tratar de forma funcional os distúrbios ortopédicos é entender que o todo é maior que a parte. Dar importância ao organismo que sustenta o joelho, o tornozelo ou a coluna, e não dividir em articulações. Equilibrar a estrutura fisiológica e orgânica possui impacto direto na saúde osteomuscular. A medicina integrativa compreende nossos distúrbios de uma perspectiva mais humana em busca da saúde e não da doença.
Nosso corpo é influenciado por estímulos externos e internos que provocam alterações a nível macroscópico (tendões, bursas, articulações) e microscópico (mediadores inflamatórios, alterações bioquímicas do colágeno, profileração celular e diferenciação imuno-histoquímica). É fundamental compreender e equilibrar o organismo para atingir uma melhor qualidade de vida, e não apenas tratar os sintomas.
São lesões causadas por traumas diretos e indiretos, muitas vezes envolvendo acidentes domésticos e de trânsito, quedas de altura, ferimentos, entorses e perfurações. Podem provocar:
- CONTUSÕES: lesões profundas sem acometimento funcional importante com quadro de dor, hematoma, rigidez e edema no local acometido.
- RUPTURA DE LIGAMENTOS: extrema amplitude articular provocando lesões das estruturas de estabilidade.
- LUXAÇÃO: perda da congruência articular.
- FRATURA: descontinuidade da integridade óssea com ou sem desvio.
Em alguns processos de reparação óssea, a forma ou função não são restabelecidas adequadamente após o tratamento. Pode ocorrer consolidação viciosa (osso cicatriza em uma posição anatômica incorreta), pseudoartrose (há interrupção da formação de calo ósseo entre os fragmentos da fratura) ou infecção óssea (osteomielite). A correção das sequelas de fraturas normalmente é cirúrgica.
Hábitos inadequados na rotina de trabalho - como má postura, uso excessivo de celulares e computadores, transporte de materiais e equipamentos pesados, uso de calçados inadequados e permanência prolongada na mesma posição - são as principais causas de incapacitação temporária. Existem técnicas multidisciplinares efetivas no controle das patologias mais presentes no ambiente laboral, proporcionando a reabilitação breve e bem-sucedida do paciente.
São alterações na anatomia e eixo mecânico ocasionado por doenças congênitas, sequelas de traumas, doenças sistêmicas e tumorais. Quando realizado o diagnóstico e tratamento precoce evitam dores, restabelecem a marcha e melhor harmonia dos movimentos, assim reduz a chance de degeneração articular com o tempo.
São causadas por alterações fisiológicas responsáveis por desequilibrar a formação e o remodelamento ósseo, e assim diminuir a massa óssea e alterar a microarquitetura. Isso leva à fragilidade progressiva dos ossos, alterações articulares e clínicas e por fim aumenta a incidência de fraturas nos pacientes.
A avaliação clínica tem início a partir de uma entrevista em profundidade (anamnese), pela qual ajudo o paciente a relembrar todos os fatos ocorridos ao longo do tempo que se relacionam com seus sintomas, queixas e objetivos, bem como seu histórico médico, antecedentes familiares e hábitos de saúde. Em seguida, faço o exame físico, uma investigação composta pela inspeção (ver), palpação (tocar) e realização de manobras articulares (movimentos do corpo específicos).
O ultrassom é o estetoscópio do ortopedista e está incluído na minha consulta. Ele completa a avaliação clínica ao mostrar por imagem as condições dos ossos, músculos e tendões, auxiliando o diagnóstico de doenças e tratamento precoce ou preventivo. Para cuidado integral do paciente, a solicitação de exames complementares pode ser necessária (exames laboratoriais, testes físicos/composição corporal e imagem).
Faço a condução do paciente para melhoria da performance, condicionamento físico, mudança no estilo de vida e prevenção de lesões, considerando as particularidades de cada caso, com abordagem multidisciplinar. Para tratamento ou prevenção de osteopenia e osteoporose, os pacientes recebem orientações completas para longevidade, fortalecimento dos ossos, prevenção de quedas e preparo de um ambiente mais saudável. Pacientes com dor crônica (dor que dura por mais de três meses) recebem orientações para dessensibilização central e compreensão da dor.
ARTROSCOPIA: Na cirurgia de artroscopia do quadril, uso instrumentos especiais minimamente invasivos e microcâmeras para visualizar o interior da articulação do quadril, colocados através de pequenas incisões na pele do paciente, o que permite a realização de diferentes procedimentos, como remodelação óssea e cartilaginosa, reparo de lesões periarticulares e biópsias.
ARTROPLASTIA: Na cirurgia de artroplastia do quadril (ou prótese do quadril), retiro o osso degenerado e esclerótico para substituir pelos componentes protéticos. É um procedimento seguro e efetivo com ótima satisfação para aliviar a dor do paciente, melhorar os movimentos e ajudá-lo a recuperar a capacidade de realizar as atividades normais do dia a dia.
Acidentes leves e graves fazem parte do cotidiano. Através de cirurgias específicas para fraturas ortopédicas dos membros superiores e inferiores, reestabelece-se a função e o movimento. A busca de alta performance e o espírito competitivo provocam traumas esportivos com necessidade de cirurgias para reabilitar e retornar à prática das atividades físicas.
Médico formado na Faculdade de Medicina do ABC
Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia na Faculdade de Medicina do ABC
Especialista em Traumatologia e Fixadores (Faculdade de Medicina do ABC)
Especialista em Cirurgia do Quadril (Hospital Alvorada)
Pós-Graduação Medicina Esportiva (Unifesp/CETE)
Pós-Graduação Ultrassom Músculo-Esquelético (Cetrus)
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Membro da Sociedade Brasileira de Quadril (SBQ), Membro da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO), Membro da Associação Brasileira de Reconstrução e Alongamento Ósseo (ASAMI), Membro da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET), Membro da Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo (ABOOM) e Membro da Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque (SMBTOC)